quinta-feira, 2 de julho de 2009

Fotos antigas da Família


INGENUIDADE E TEIMOSIA

Zélia, tu és minha irmã querida
Cúmplice e parceira de minha infância.
Tua morenice é uma herança paterna,
Ingênua teimosia, herança materna,
Perfil que dá sentido a tua vida.

Lembro-me que nasceste bem ali
Na rua Teodoro, o Conselheiro,
No décimo sexto dia de fevereiro,
Filha de Nair e João Botelho,
Nos altos do bairro do Zumby.

Casaste com um jovem seminarista
E fosses morar na distante Boa Vista,
No antigo território do Rio Branco,
Para evangelizar tribos indígenas
Escondidas nas selvas do Amazonas,

Enquanto Élio sobrevoava aldeias
Lançando folhetos e presentes,
Ou subia o rio em barco de alumínio,
Tu atendias a comunidade carente,
E maternavas o Edílson e o Stênio.

Mas a malária cobra seu tributo
E a família muda-se para Manaus,
Onde nasce a princesa Wanely...
Edílson é o futuro pastor e parceiro
De Stênio Marcius em “O tapeceiro”.

O tempo cobra de ti seu tributo,
Desenhando em tua face pergaminhos,
E no teu olhar a expressão da saudade.
“Que o Senhor te proteja e te guarde,
E faça prosperar os teus caminhos”.

Besaliel F. Botelho
16 de fevereiro de 2007






13 comentários:

  1. QUEM SOU EU

    Quem sou eu?
    Quem pode dizer,
    quem eu sou,
    Senão você?
    Você que me escuta,
    Você que me sente,
    Você que me vê?
    Sou boa amiga?
    Boa companhia?
    Quem pode saber,
    Senão você?
    Sou inteligente?
    Sou boa escrevente?
    Ou seria mais apreciada,
    Se não expressasse nada?
    Sou talentosa?
    Sou boa de prosa?
    Ou você daria um cruzado
    Pelo meu ”bico” calado”?
    Não sei mesmo quem sou,
    Mas sei o que quero ser!
    Quero ser sua amiga,
    E você?!

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  2. A FORÇA DO AMOR!
    Zélia Botelho Nogueira
    Canta o sábio Salomão
    Sobre a força do amor
    Diz que esse amor é tão forte
    Quanto invencível a morte!
    Pois ainda que a tormenta
    Contra esse amor se levante
    E as muitas águas o afoguem
    Com desventuras constantes,
    Ele imbatível e exultante,
    Sempre será triunfante!
    Esse amor, já disse alguém,
    É energizador das palavras,
    Legitimador das virtudes
    E a alma das ações...
    Ainda que as divergências
    Abatam os corações,
    Esse amor é a resposta
    A quaisquer contradições
    Já aos crentes de Corinto
    O apóstolo escreveu
    Que esse amor é desprendido
    Não pensa só no seu "eu".
    É um amor paciente;
    É um amor benevolente;
    Um amor que tudo sofre
    E confia alegremente.
    Esse amor jamais acaba
    Vai conosco para o céu
    Esse amor não é desse mundo
    É o amor que vem de Deus!


















    QUE TE DAREI, SENHOR/

    Zélia Botelho Nogueira
    Ouvi a voz de Cristo a me dizer
    Que é dos talentos que te confiei!
    E eu vi surpresa, olhando para trás,
    Quantos momentos já desperdicei.
    Senhoe! pensei: Que tenho feito?
    Que fiz dos longos anos que me deste?
    Tantos anos, fartos anos, lindos anos,
    Uma vida toda! Mente sã, corpo são
    Com tanto pra fazer, com tanto pra viver,
    E tudo em vão!
    E agora, que te darei Senhor?
    Que tenho eu em mãos pra te entregar?
    Nada fiz completo, nada fiz perfeito,
    Fui vivendo a vida assim, de qualquer jeito.
    Não fui organista, nem cantora;
    Não fui poetisa, nem escritora;
    Quis pregar, ensinar,
    Mas nada pude ser...
    Faltou poder!
    O Senhor mesmo afirmou:
    "Sem mim, nada podeis fazer..."
    Por isso, amado Jesus, aqui estou
    De mãos vazias, sim, porém disposta
    A recomeçar de onde parei,
    A ser o que quiseres, ó meu Rei!
    Dá-me de ti Jesus, a vida que vem da cruz!
    Dá-me poder, Senhor,
    Derrama em mim o teu imenso amor!
    Para que eu possa assim também amar
    Com o amor que vem de ti, amor sem par!
    Amar as almas perdidas,
    Amar ao meu irmão
    E amar a Ti também, de todo o coração.
    E só assim, então, poderei granjear
    Outros tantos bens, com os dons que me tens dado
    Para que assim eu tenha o que te dar,
    Quando comparecer ao teu altar!









    NOLTALGIA

    Minha vida sem você é assim:
    Luz que se apaga
    Fogo que se acaba
    Noite mergulhada na escuridão...
    Minha vida sem você é assim:
    Céu sem estrelas
    Barco sem velas
    Ave perdida na imensidão...
    Minha vida sem você é assim:
    Sol que não aquece
    Sonho que se esquece
    Nuvem que se desfaz na amplidão...
    Minha vida sem você é assim:
    Canto de saudade
    Busca e ansiedade
    Amor e solidão...
    Minha vida sem você...
    Para que cantá-la?
    para que?
    Não tem mesmo sentido...
    Minha vida sem você!

    (Zélia - 7/07/72)

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  3. AMOR DE OUTONO

    De: Zélia Botelho

    Na primavera dos dezoito anos
    Cantei-te o meu amor!
    Um amor ardente, cheio de áureos sonhos
    Como um jardim em flor!

    Neste jardim da vida, esvoaçando,
    Qual meigo beija-flor,
    Ias de flor em flor, delas sugando,
    O néctar do amor!

    Mas, o tempo passou, veio o outono!
    Foram-se as flores, vieram já os pomos
    Que outros jardins darão a florescer...

    E embora já vá longe a “primavera”
    Ainda canto o amor, velha quimera,
    Um grande amor, que nunca há de morrer!...

    (Ao meu querido esposo, em 23/09/81)

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  4. O PRIMEIRO BEIJO

    De: Zélia Botelho

    Faz tanto tempo...
    As lembranças me acodem à mente
    Como imagens quase apagadas
    De sonhos que se perderam
    No passado da menina-moça!

    Era noite de lua nova
    No céu escuro
    Pequeninos pingos fosforescentes
    Brincavam de esconde-esconde
    Saudando o início da primavera.

    A brisa fresca da praia
    Soprava em nossos rostos
    Deixando-os ligeiramente úmidos
    E levemente salgados
    Com cheiro acre de mar!

    Caminhávamos lentamente,
    De mãos dadas,
    Sem dizer palavra...
    Deixando apenas que o silêncio
    Unisse nossos sentimentos...

    Teu coração batia acelerado
    Enquanto eu,
    Qual pássaro assustado,
    Tremia de emoção
    Quando nossos lábios se encontraram!

    Foi um momento de imensa ternura
    Que o tempo não conseguiu apagar...
    Pois não há emoção mais pura,
    Por mais que se viva ou que se ame
    Que a emoção do primeiro beijo!

    (Escrito em homenagem ao meu amado
    esposo, pelo ensejo dos nossos 25 anos
    de casados, em 09/10/81)

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  5. DE MÃOS DADAS

    De: Zélia Botelho

    Vê querido as pegadas que aparecem
    Ao longo da estrada que trilhamos?
    São as pegadas do divino Mestre
    Que ao nosso lado vinha, caminhando...

    São vinte e cinco anos de mãos dadas
    Construindo de amor, o “ninho” amigo
    Onde os filhotes, livres de perigos
    Aconchegados vivem, sem cuidado!

    Mas não foi só de flores, o caminho
    Pois como às rosas, nascem os espinhos
    À nossa vida vieram desenganos...

    Mas, quando às vezes forças nos faltavam
    As mãos do Mestre-Amigo sustentavam,
    Todo o peso da dor que carregamos!...

    (Escrito em 07/10/81, em homenagem ao
    meu querido esposo, ao ensejo dos nossos
    25 anos de casados).

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  6. MENSAGEM A MINHA MÃE

    De: Zélia Botelho Nogueira

    Mãezinha! Hoje pensei em ti e chorei,
    Chorei porque não estás junto a mim.
    Chorei porque neste dia
    - Dia das Mães -
    Quando todos os filhos desejam beijar e
    abraçar aquela que lhe deu o ser,
    meus braços te buscam em vão;
    meu beijo paira no espaço,
    pois tua imagem é apenas
    um sonho, uma ilusão.
    Mãezinha ! Pensei em ti e chorei.
    Chorei porque a saudade do teu sorriso e
    da tua contagiante alegria, pungiu-me o coração
    pelo desejo incontido de rever-te!
    Mãezinha ! Pensei em ti e chorei.
    Chorei pensando nos sacrifícios que tens feito pelos teus filhos,
    nas privações que tens passado pelos teus filhos,
    nas lágrimas que tens derramado por teus filhos.
    E porque és imensamente boa,
    imensamente caridosa,
    renuncias ao conforto, à paz e ao descanso
    que poderias desfrutar nos dias presentes,
    para sofrer com teus filhos,
    para lutar com teus filhos, para viver com teus filhos.
    Mãezinha ! Pensei em ti e sorri.
    Sorri porque estás longe, tão longe
    e apesar da grande distância que nos separa,
    tenho-te perto, juntinho de mim, dentro do coração.
    Sorri porque o amor é mais forte
    do que tudo e do que todos,
    transpõe vales e montes, rios e florestas,
    une dois corações por mais distantes que estejam.
    Mãezinha ! Pensei em ti e sorri.
    Sorri pensando no teu sorriso,
    sorri pensando no teu meigo olhar,
    sorri pensando no teu grandioso amor.
    E então, foi como se me sorrisses
    foi como se me abraçasses,
    foi como se me beijasses.
    Sorri de felicidade, sorri de alegria
    por este dia que é todo teu.
    Sorri porque te possuo mãezinha,
    sorri porque sabes rir e chorar, sofrer e amar.
    Sorri porque és a melhor mãe do mundo !!!
    Mãezinha ! Chorei e sorri, sorri e chorei.
    Tudo é o mesmo, tudo é amor.
    Este é o teu dia, este é o nosso dia.
    Longe ou perto, que importa ?
    Mãezinha ! Beijo-te. Beijas-me.
    Este é o teu dia, este é o nosso dia !!!

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  7. PARECE UM SONHO

    De: Zélia Botelho

    Há muito eu te esperava! E no meu sonho lindo,
    Nem podia compor do teu rostinho os traços
    Fazia mil castelos e adormecia rindo,
    Afagando a esperança de sentir-te em meus braços...

    E tu chegaste enfim. Trazias no rostinho
    Meigo e aveludado, a doçura do céu
    E os olhinhos tão meigos e tão rósea a boquinha,
    Toda graça escondida em alvo e fino véu!

    Um ano se passou! Hoje te vejo, filhinho,
    Apagando a velinha e puxando o carrinho.
    Correndo e rindo... até parece um sonho,

    Que aquele bebezinho, meigo e sonolento,
    Ficasse tão traquina e tão alvorocento!
    Que fico a repetir: Até parece um sonho!TC

    Setembro de 1958
    (Ao ensejo do 1º aniversário do meu filho Edílson)

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  8. FLOR DE ABRIL

    De: Zélia Botelho

    Primavera da vida és, flor mimosa
    Meiga rosa em botão, tenra, medrosa
    Terno desabrochar de pétalas macis,
    Enchendo de perfume, o outono de meus dias!

    No jardim do meu ser, o plácido encanto
    De teus gestos, flutua em cada canto
    Qual leve farfalhar de asas multicores
    Sugando alegremente o néctar das flores...

    Os teus olhos castanhos, meigos, transparentes,
    Refletem a candura e a beleza inocentes,
    Do teu mundo infantil, envolvido em carícias
    De bonecas, “pimpão” e bichinhos de peliça!

    A graça pueril do sorriso esboçado
    No vago entreabrir dos lábios delicados
    É um quadro singular, de divinal beleza
    Ofuscando o esplendor da própria natureza!

    Ao supremo Senhor, autor da criação
    Que teus traços moldou, com tanta perfeição!
    Eu ergo extasiada minh’alma agradecida
    Pela bênção que és, filhinha, em minha vida!

    Neste dois de abril, quinze anos completas
    E em breve hás de deixar, o “Pimpão” e as bonecas
    Por isso rabisquei esses versos, que te dou,
    Tão pobres de poesia, mas tão cheios de amor!

    (Escrito para minha filha Wanelly, nos seus
    15 anos . SBCampo 2/4/77).

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  9. SAUDADE
    De: Zélia Botelho
    Quando você partiu,
    Tudo ficou diferente...
    O violão esquecido no recanto da sala
    Emudeceu...
    A eletrola,
    Já não solta mais os sons dolentes
    Das músicas que falam da terra
    E das gentes
    Na voz de Milton Nascimento!
    O quarto, agora ordenadamente arrumado
    Já não me traz alegria,
    Porque, a casa ficou
    Estranhamente vazia
    Desde que você partiu...
    Já não se ouvem mais
    Gostosas gargalhadas ao telefone
    Nem o “arrulhar de pombinhos” enamorados
    Nas tardes de domingo
    Quando você e sua amada
    Compartilhavam experiências vividas
    No tempo em que estiveram separados!
    Em lugar da alegria exuberante
    Que enchia a casa
    À hora do almoço
    Quando você chegava faminto
    Gritando: “tudo, tudo!”
    Ficou apenas o” tic-tac” nostálgico
    Do relógio
    Lembrando a cada minuto,
    Que você não vai chegar!...
    É a espera ansiosa pelo toque da campainha
    Que anuncia a passagem do carteiro,
    E a frustração da espera inútil
    Pela carta que não veio!...
    Aqui, acolá, uma peça de roupa,
    Um livro, u’a música...
    Sempre existe algo que lembra você
    Há um toque de saudade em tudo,
    Em tudo que ficou
    Só porque você partiu,
    E me deixou!...

    (Feito em 31/07/1980, quando da
    ida do meu filho Stênio Marcius
    para Manaus, dizendo que estava
    voltando às suas origens. Mas, ele
    voltou em 30/12/1980).

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  10. ODE AO FILHO QUE FICOU

    De: Zélia Botelho

    Jesus contou certa vez
    Uma história emocionante
    De um pai que tinha dois filhos
    O mais velho responsável
    Ajudava o pai no campo
    O mais novo, inconseqüente,
    Inquieto e inconstante,
    Preferiu deixar o lar
    Partiu pra uma terra distante.
    O restante da história
    Todos devem conhecer
    O que partiu, perdeu tudo,
    Os bens, amigos, prazer!
    E estando assim na pior
    Lembrou do lar que deixara
    Onde até os empregados
    Tinham mais do que lhe sobrara,
    Nos anos desperdiçados!
    O bom filho que ficou,
    Ao vê-lo voltar um dia,
    Recebido com amor,
    Pelo pai com alegria,
    Exclamou aborrecido,
    Irritado, incompreensivo:
    “E eu, pai? E eu que fiquei?
    Eu que nunca te deixei,
    Que prova me dás de amor?!
    ***
    E dois mil anos depois
    A história se repetiu
    Na família de um pastor,
    Quando um dos filhos partiu...
    Não tanto quanto o da história,
    Que do Senhor se afastou,
    Mesmo assim deixou o lar,
    O pai tristonho num canto
    No outro a mãe a chorar!
    Como na velha parábola,
    O bom filho que ficou
    Vendo a mãe sempre a chorar
    Igualmente protestou:
    “E eu mãe, eu não sou nada?
    Não sou teu filho também?
    Porque derramas teu pranto,
    Por quem amor não te tem?!
    E aquela mãe respondeu:
    “Filho, tu estás em casa,
    E tudo que é meu, é teu!
    Mas o teu irmão ausente,
    É moço triste e carente!
    Não vai encontrar lá fora,
    O que desfrutas agora,
    Amor e compreensão,
    Nos momentos de aflição.
    Tu és filho, moço alegre!
    Descontraído e feliz!
    Tens amor, paz e equilíbrio,
    E em tudo és bem sucedido!
    Mas teu irmão que partiu
    Leva um coração vazio
    Não sabe o que quer da vida
    Não dá valor à família,
    Ao lar que lhe dá guarida!
    E o bom filho que ficou
    Compreendeu a razão
    Por que o filho que partiu
    Gozava de mais afeição.
    E quando o irmão voltou
    Trazendo alegria ao lar,
    Esse filho que ficou
    Também pôde se alegrar
    Pois amor, tanto se tem
    Quanto mais amor se dá!

    São Paulo, 6/01/1981

    (Escrito em homenagem ao meu filho
    Edílson, quando seu irmão Stênio
    Marcius, foi para Manaus, deixando
    em casa muita tristeza).

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  11. NATAL ETERNO

    De: Zélia Botelho Nogueira
    Natal, é sempre Natal!
    Estejam os corações tristes ou alegres.
    Haja sinos tocando, música nas igrejas
    Ou haja só carnaval, haja só bebedeira.
    Haja famílias ao redor da mesa,
    Haja irmãos, haja amigos, haja risos,.
    Haja peru, panetone, doces mil,
    Ou não haja ninguém, haja saudade,
    Haja vazio.
    Haja ceia, haja presentes, haja brilho;
    Haja música no ar, haja foguetes
    Ou não haja festa,
    Haja fome, haja choro, haja dor,
    Haja tristeza, haja doença, haja carência,
    Haja miséria, haja terror!
    Natal, é sempre Natal!
    Natal, é luz, Natal é amor
    Natal é o nascimento de Jesus
    O Salvador
    A luz que veio ao mundo,
    Trazer paz, trazer bonança,
    E a muitos corações, veio trazer esperança,
    Esperança de alegria, de consolo,
    Esperança de um lugar,
    No seu eterno lar
    Onde não haverá mais choro,
    Onde não haverá saudade,
    Onde será sempre Natal!
    Haverá sempre anjos cantando,
    Haverá sempre estrelas brilhando,
    Haverá sempre júbilo,
    Haverá canção,
    E ninguém mais sentirá vazio,
    Nem solidão.
    Porque o "meigo bebezinho"
    Que hoje nos emociona,, cresceu,
    Tornou-se o Cordeiro de Deus.
    Deu sua vida na cruz,
    O meigo infante Jesus!
    Morreu, ressuscitou,
    Para vir a ser o seu
    E o meu Salvador!
    E está à destra de Deus
    Esperando consolar,
    Os corações quebrantados,
    Que seu convite aceitar.
    E então, será sempre Natal
    Haverá luz, haverá riso, haverá canção
    E jamais haverá dor, nem solidão
    Pois o próprio "menino Jesus"
    O Rei glorificado,
    Encherá todos os corações.

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  12. TOQUE DE AMOR

    De: Zélia Botelho

    Narra-nos o Evangelho
    De Jesus, nosso Senhor
    Que certa mulher carente,
    Infeliz, sem esperança
    Há doze anos doente,
    Aproximou-se do Mestre
    Tocou-lhe apenas as vestes
    E esse toque milagroso
    Da fonte que jorra amor
    À pobre mulher doente
    Instantaneamente curou!
    -#-
    Analogamente um dia
    Desconsolada a chorar
    Uma pobre mãe sofria
    Não de doença incurável;
    Chorava a dor da saudade
    Do filho que se ausentara
    Deixando em casa o vazio
    E em su’ alma amargurada
    A fé que o Mestre podia
    Mesmo que por um milagre
    Faze-lo voltar um dia!
    -#-
    O Mestre não estava ali
    Para as vestes lhe tocar
    Mas mandou um anjo seu
    Àquela mãe consolar
    Uma amiga que ao seu lado
    Vendo-a triste a chorar
    Sem lhe dirigir palavra
    A sua mão segurou
    Segurou firme e sorriu,
    Transmitindo nesse gesto
    Tão carinhoso e singelo
    Divino toque de amor!
    -#-
    E aquele aperto de mão
    E sorriso condolente
    Foi como se o próprio Mestre
    Estivesse ali presente!
    E como à mulher cananéa
    O milagre aconteceu
    A paz inundou su’alma
    A dor desapareceu.
    O Mestre disse: “Aqui estou”!
    Num simples toque de amor!
    Agosto de 1980.

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