AMOR DE OUTONO
De: Zélia Botelho
Na primavera dos dezoito anos
Cantei-te o meu amor!
Um amor ardente, cheio de áureos sonhos
Como um jardim em flor!
Neste jardim da vida, esvoaçando,
Qual meigo beija-flor,
Ias de flor em flor, delas sugando,
O néctar do amor!
Mas, o tempo passou, veio o outono!
Foram-se as flores, vieram já os pomos
Que outros jardins darão a florescer...
E embora já vá longe a “primavera”
Ainda canto o amor, velha quimera,
Um grande amor, que nunca há de morrer!...
(Ao meu querido esposo, em 23/09/81)
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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