quarta-feira, 18 de novembro de 2009

ADEUS CRIANÇA
Zélia Botelho
02/04/1982
Parece que foi ontem
Quinze anos fazia!
E vivia
Qual nova “Cinderela”
Meiga e bela
Em meio à bicharada de pelúcia...
Hoje o “pimpão”, coitado!
Empoeirado,
Esquecido num canto do quarto,
já não lhe faz companhia...
E as bonecas, guardadas,
Empilhadas,
No alto do armário,
Já não embalam seus sonhos
tão risonhos,
do tempo de criança
Em lugar do “pimpão”,
nova ilusão
preenche os sonhos seus.
É que o amor chegou!
E a menina tristonha,
e sonhadora,
virou mulher!
O príncipe “desencantado”
e enamorado,
ocupa o seu vazio.
Seus olhos
Não têm mais a meiguice pueril
Da adolescente insegura.
Mas o brilho penetrante e feliz
de quem perscruta o futuro...
E ao vê-la assim,
Ansiosa e palpitante,
Nos áureos sonhos seus,
Lembro-me da meiga criança
Que o tempo vai levando
pouco a pouco...
E breve, muito breve,
Me dirá: Adeus!

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